Criptomoedas

O futuro das criptomoedas no Brasil: BC planeja moeda digital

O tema ainda é recente, mas as notícias sobre a criptomoeda do Bacen já tomaram a internet e têm atraído o interesse de curiosos e especialistas no assunto. Após o grande sucesso do Pix, que transformou o modo como as transações bancárias são realizadas no país, o Banco Central se prepara para mergulhar no mundo das moedas digitais.

Por enquanto apelidada de “real digital”, essa invenção do Bacen tem sido entendida como uma forma de ampliar as possibilidades de pagamento no Brasil. Mas não espere ver a nova criptomoeda lançada pelo Bacen em 2022. Afinal, muita coisa deve acontecer ainda.

Quer saber o que já foi divulgado sobre o real digital e o que pode ocorrer daqui pra frente? Então, confira este artigo com todas as informações atualizadas sobre o tema.

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Últimas notícias sobre a criptomoeda do Bacen

A moeda digital do Bacen ainda está em sua fase inicial de desenvolvimento. Isso significa que o próprio modelo dela ainda está em aberto e que há muito trabalho pela frente. No entanto, isso não significa que as coisas estão paradas. Bem pelo contrário. O Banco Central parece empenhado em fazer o projeto andar para lançá-lo o mais brevemente possível.

As notícias mais recentes sobre o real digital foram divulgadas no final de 2021. Foi quando o Bacen lançou um laboratório destinado a avaliar as possibilidades de aplicação dessa moeda e a capacidade de executar projetos com ela. Na ocasião, foi estimado que os primeiros testes do real digital seriam realizados ainda em 2022.

Até 11 de fevereiro deste ano, estará aberto um edital lançado pela Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) junto com o Bacen, relativo ao projeto. O objetivo do edital é receber inscrições de projetos que tenham relação com o real digital, para que sejam integrados ao laboratório sobre a nova moeda.

Após a divulgação das propostas selecionadas, programada para o início de março, o projeto tem previsão para ocorrer entre o final de março e o final de julho. Em seguida, o Bacen espera ter produtos desenvolvidos e prontos para serem testados no mundo real. Essa fase está prevista para o final de 2022.

Como deve funcionar a criptomoeda do Banco Central

A expectativa do Banco Central (e de quem acompanha o projeto de fora) é de que o real digital facilite e torne mais barata, por exemplo, a criação de contratos personalizados de empréstimo. Outra aposta diz respeito a uma possível integração da tecnologia a sistemas de pagamentos de outros países. Nesse sentido, a nova moeda facilitaria, por exemplo, a conversão dos preços (que se tornaria imediata).

O real digital terá um sistema financeiro próprio, que funcionará “acoplado” ao sistema atual. Ele deverá ser idêntico ao real tradicional, em papel, mas terá uso exclusivo em transações eletrônicas. Como ocorre com outras criptomoedas, deverá ser armazenado em carteiras digitais (as e-wallets) – neste caso, vinculadas a instituições financeiras. 

Diferentemente do real comum, que também pode ser transacionado de forma eletrônica, o real digital poderá ser movimentado sem qualquer relação com a moeda física. Ou seja, estamos falando de uma moeda sem qualquer correspondência “real”, algo básico em qualquer criptomoeda.

Ainda não foram definidos diversos aspectos em relação à sua forma de funcionamento, mas é provável que o real digital funcione em uma blockchain, como ocorre como o Bitcoin e o Ether, cada um com suas redes. A diferença é que, no caso do real digital, haverá controle estrito do Bacen, o que a torna uma Moeda Digital do Banco Central, tradução livre para Central Bank Digital Currency (CBDC).

Diferentemente das criptomoedas sem controle de um banco central, o real digital terá seu valor atrelado ao do real padrão. Por isso, não terão valor instável e especulativo. A única experiência desse tipo já implementada em sua totalidade é das Bahamas. Na China, há um projeto piloto sendo testado em algumas cidades. Projetos no Japão, Coreia do Sul e Suécia estão em fase avançada de desenvolvimento.

Possibilidades para o real digital

O Pix acabou resolvendo questões que, em outros países, ainda estão sendo colocadas na conta de uma futura moeda digital oficial. Estamos falando, por exemplo, da possibilidade de realizar transações instantâneas entre diferentes bancos.

Por isso, no Brasil, a perspectiva é de que a tecnologia em torno do real digital esteja voltada para outras formas de aplicação, com foco em inovação. Pensando nisso, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estabeleceu um grupo de trabalho cuja missão é debater as possibilidades do real digital no Brasil e no mundo.

Entre as possibilidades encontradas para o Brasil, estão soluções de pagamento no momento da entrega, aplicações para máquinas inteligentes e a tokenização de alguns investimentos tradicionais, que passariam a ser negociados por meio da blockchain. Em geral, o real digital ajudaria a desenvolver melhor diversas áreas relacionadas a pagamentos digitais, com segurança e lastro garantidos pelo Banco Central.

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