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InDeal: operação investiga empresa que atua com investimentos em criptomoedas no RS

Promessas de dinheiro fácil podem ser muito sedutoras. Mas, por trás disso, podem estar escondidas empresas más intencionadas e que aproveitam a popularidade das criptos para aplicar golpes em investidores com pouco conhecimento. 

Somente em 2019, foram registrados prejuízos acima de US$ 1 bilhão em criptomoedas, em roubos e atividades fraudulentas mundialmente. Entre os esquemas comuns neste meio  – e que os investidores precisam saber identificar para poder passar longe – estão as pirâmides financeiras. Você certamente já ouviu histórias sobre elas e, quem sabe, até já foi convidado(a) para participar de uma (provavelmente, sem saber).

Recentemente no Rio Grande do Sul, uma investigação da Polícia Federal identificou um gigante esquema que lesou mais de 20 mil pessoas de todo o país. A empresa InDeal, com sede em Novo Hamburgo, atuava de forma ilícita oferecendo rendimentos com criptomoedas e deixando um prejuízo estimado em mais de R$1 bilhão.

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Como funcionam as pirâmides financeiras

O golpe das pirâmides ocorre em virtude do crescimento exponencial das criptomoedas, o que oportunizou um caminho fácil para golpistas atrair investidores com a promessa de retorno expressivo e rápido.

As pirâmides financeiras de criptomoedas costumam ser bem sofisticadas e articuladas, dificultando sua identificação. Esses esquemas costumam utilizar termos difíceis para atrair e manter investidores incautos. O público leigo ainda possui pouco conhecimento sobre criptomoedas, o que torna este perfil de investidor o alvo perfeito para se tornarem vítimas dos esquemas de pirâmides.

A internet possibilitou golpes cada vez mais elaborados, uma vez que estes líderes conseguem captar a quantia dos novos investidores para gastar em marketing positivo nos fóruns especializados e redes sociais. Além disso, não são incomuns prêmios como viagens e automóveis para os líderes, a fim de reforçar a credibilidade junto aos participantes da pirâmide.

Entenda como a InDeal operava

Recentemente, um caso de pirâmide financeira identificado no RS atraiu atenção. A InDeal Investimentos, de Novo Hamburgo, atuava sem autorização do Bacen (Banco Central). Era uma pirâmide financeira de criptomoedas que prometia altos ganhos em poucos meses de aplicação. 

Em uma investigação da Polícia Federal, foi identificado que a empresa captava recursos de terceiros prometendo investi-lo no mercado de criptos. A empresa assumia com seus clientes o compromisso de que retornaria 15% de lucro no primeiro mês após a aplicação. No entanto, o dinheiro era aplicado em outros investimentos e na compra de diversos bens. A InDeal movimentou valores que podem ter chegado a R$ 1 bilhão no período em que aplicou o golpe, pouco mais de seis meses.

Como em todo esquema de pirâmide, a InDeal utilizou do poder dos líderes para captar novos clientes. No entanto, mesmo com o golpe encerrado em 2019 pela Polícia Federal e centenas de itens apreendidos, o rombo aos investidores ainda permanece.

Fuja dos esquemas de pirâmide!

Para evitar cair em golpes que podem resultar em prejuízos financeiros gigantes, é de extrema importância estar atento aos menores sinais de atividade fraudulenta. Saber identificar um esquema de pirâmide disfarçada de empresa de investimento em criptomoedas é um dos primeiros passos para começar a investir no criptomercado.

Em geral, os esquemas de pirâmide financeira operam com base em dois pilares que são comuns a todos os modelos: prometem altos ganhos em curto período tempo e garantem rendimento sobre o capital investido. Por isso, ao decidir iniciar seus investimentos no cripto mercado, busque empresas especializadas e de confiança. Passe longe de promessas de retornos financeiros muito acima da média do mercado e construa o seu patrimônio financeiro de forma correta e segura.

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