O spread é a diferença entre duas cotações. Pode corresponder ao gap “natural” presente no mercado entre ofertas de venda e pedidos de compra, mas também a um gap “artificial” recriado pelo seu intermediário financeiro.
No Forex, a menção à noção de spread é suficiente para desconcertar os traders novatos. Não sem razão, afinal, por trás dessa palavra, esconde-se uma infinidade de significados. No entanto, entender seu sentido específico no universo Forex permitirá a você escolher a corretora Forex certa e reduzirá o custo de suas negociações online.
O que é o spread Forex?
Em geral, o spread se refere à diferença entre duas cotações. No Forex, o spread representa a diferença entre o melhor preço para compra e o melhor preço para venda disponível. Ou seja, ele é o gap entre preços de compra (Bid) e venda (Ask) de cada moeda.
Como o mercado Forex não é um mercado organizado, e sim um mercado típico de balcão, não existe um spread oficial ou “natural” no Forex. Cada intermediário financeiro, portanto, pratica um spread próprio em sua plataforma. Esse spread é, então, uma comissão cobrada pela corretora para cobrir seus custos e obter sua remuneração.
Para corretoras online, essa é uma das maiores fontes de receita. Quanto menor o spread, menor a margem que a corretora assume na operação e vice-versa. Os spreads, portanto, não seguem um padrão entre corretoras, nem entre pares de moedas. Na verdade, quanto mais exótico for o par, mais difícil será oferecê-lo aos clientes. Portanto, o corretor terá que estabelecer um spread alto para não perder dinheiro. Já os pares mais comuns, normalmente aqueles que incluem as principais moedas, têm spreads em geral mais baixos.
Como calcular um spread?
Vimos que o spread representa a diferença entre preços de compra e venda, expresso em pips. No Forex, o pip é geralmente observado no quarto dígito após a vírgula, que corresponde à unidade base das corretoras. Se o valor de compra de um par BRL/USD é 1,3002 e o valor de venda é 1,3000, então o spread é 0,0002, o que corresponde a 2 pips. Ou seja, para cada R$ 10.000 negociados, US$ 2 serão gastos no spread.
É importante ressaltar que o valor do spread pode depender do valor de cada contrato negociado. Ao comparar os spreads entre duas corretoras, é necessário comparar os preços de volumes equivalentes.
Fixo ou variável, qual o melhor spread?
Ao visitar plataformas de corretoras online, você pode ter observado que, em algumas corretoras, o spread costuma ser fixo. Pode ser, por exemplo, de 1,2 na paridade EUR/USD, e isso não mudar nunca.
No entanto, você notará que, em outras corretoras, o spread é variável. Durante um mesmo dia, o spread de um par pode ficar mais ou menos interessante para o trader. Pode, por exemplo, ir de 1 a 3, ou até mais, dependendo das circunstâncias.
Quando escolher um spread fixo?
A vantagem de um spread fixo é bastante fácil de entender. Com um spread fixo, o valor do spread a ser pago à corretora é fácil de saber e antecipar. Isso oferece alguma estabilidade, tornando possível assumir uma posição sem preocupações com o nível corrente do spread. Por outro lado, no longo prazo, o spread fixo pode ser menos lucrativo para o cliente.
Quando escolher um spread variável?
Dependendo das notícias e dos volumes negociados, spreads variáveis flutuam numa sessão. Quando o mercado é volátil, o spread variável geralmente é maior. Pelo contrário, se o mercado está mais estável, o spread variável geralmente será mais atraente do que os spreads fixos. Os spreads variáveis são, portanto, particularmente interessantes quando o trader não tem pressa em entrar numa posição ou quando suas estratégias se baseiam em entradas com volatilidade baixa.
Quer o spread seja fixo ou variável, os traders também devem tomar cuidado com outro risco, conhecido como risco de slippage. Devido a movimentos repentinos, o mercado Forex pode registrar fortes defasagens conhecidas como “gaps”.
