Criptomoedas

Ecossistema da Stacks se torna o principal projeto de Web3 para Bitcoin

Apenas um ano após seu lançamento, a blockchain Stacks (STX) já ultrapassou 350 milhões de solicitações de sua API, 40 mil downloads de sua carteira Hiro (ferramenta de desenvolvimento própria) e 2,5 mil smart contracts Clarity. Com números como esses, é impossível não considerar esse projeto a maior iniciativa baseada em Bitcoin atualmente.

Quem diz isso é a Electric Capital, uma empresa especializada em capital de risco cujos focos principais são fintechs e criptomoedas. A Electric Capital divulgou recentemente um relatório que reúne esses e outros números relacionados à Stacks – todos eles impressionantes.

Entre outros dados relevantes, por exemplo, chamam a atenção os números relativos ao sistema de recompensas do Stacks. Ao longo de um ano, mais de 11 mil usuários receberam recompensas em BTC ao viabilizarem o mecanismo de prova de transferência do Stacks – conhecido como Pox.

Por esse sistema, mineradores trocam BTC por verificações de transações e execuções de contratos inteligentes. Ao mesmo tempo, podem minerar blocos de STX na blockchain – recebendo STX como recompensa. Como essa é uma via de mão dupla, os lances de BTC são enviados para os detentores de STX, como compensação pela execução de nós e outras tarefas essenciais.

O que é a Stacks blockchain

Tornar o Bitcoin programável. Esse objetivo, que parece simples, é o coração do projeto Stacks. Muito ambicioso, ele possibilita a criação de aplicativos descentralizados na blockchain do Bitcoin. Desse modo, a Stacks atinge um grande número de pessoas. É uma rede expandida e uma atmosfera perfeita para desenvolvedores.

Os desenvolvedores criam aplicativos, mas também contratos inteligentes na blockchain do Bitcoin. O projeto Stack teve início em 2013. Naquele ano, o nome Stacks ainda não havia sido adotado – o projeto ainda era chamado de Blockstack.

Nos primeiros quatro anos após o início de suas atividades, a Blockstack dedicou-se à pesquisa e ao desenvolvimento. Com isso, uma base sólida foi lançada – e reflexões foram realizadas. Durante todo esse tempo, a Blockstack foi debatida e analisada a fundo, até finalmente ser validada e entrar em uma nova etapa.

Atualmente, a Stacks tem sua própria blockchain, que também está ligada à do Bitcoin. No caso, as transações e outras atividades realizadas na blockchain Stacks são verificadas na blockchain do Bitcoin. Resumindo, o projeto da Stacks não é simples.

O Stacks (STX) é a criptomoeda do projeto e funciona como um token na blockchain do Bitcoin. Ela ​​foi lançada em 2017. Desde então, tem tido um sucesso notável em suas diversas aplicações. Ela permite registrar ativos digitais, executar contratos inteligentes, realizar transações e ancorar cadeias de aplicativos, por exemplo (falamos mais sobre os recursos a seguir).

Recursos disponíveis na Stacks

Já falamos sobre alguns dos recursos da Stacks no início do artigo. No entanto, além de contratos inteligentes e outras rotinas padrão, a Stacks viabiliza, atualmente, projetos referentes a:

  • Finanças descentralizadas (DeFi)
  • xBTC (wrapped Bitcoin)
  • Arkadiko (protocolo de empréstimos)
  • Bitcoin Lightning (swaps descentralizados)

Todos esses recursos têm uma adesão grande da comunidade ligada à Stacks, que colabora e testa cada nova ferramenta.

O relatório divulgado pela Electric Capital realça o caráter inovativo das soluções criadas com base na Stacks. Elas incluem, ainda, smart contracts para NFTs, identidade portátil e muito mais. O que mais impressiona, além do tamanho dessa lista, é o fato de que boa parte disso começou a ser desenvolvido recentemente, após o lançamento da blockchain

Comunidade da Stacks: a equipe por trás do projeto

Muneeb Ali e Ryan Shea são os precursores do Blockstack e guiaram o Stack até ele ganhar uma tração mais forte. Eles montaram o projeto inicial em 2013, na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.

Ali é doutor em ciência da computação. Já Shea é bacharel em engenharia mecânica, mas tem sólidos conhecimentos de informática. Eles são, portanto, especialistas em TI, mas também entusiastas do mundo das finanças que encontraram uma maneira de combinar seus conhecimentos e paixões.

Até 2018, Ali e Shea foram ambos CEOs da Stacks. Foi neste ano que Shea deixou o projeto. No entanto, outros colaboradores faziam e ainda fazem parte e têm um papel fundamental em sua evolução.

Michael Freedman, cientista da computação e professor de ciência da computação na Universidade de Princeton, está entre os conselheiros da Stacks. Muito ativo, ele é conhecido por ter projetado diversos sistemas, como a rede de distribuição de conteúdo Coral e o banco de dados Timescal.

Outro consultor do Stacks é Dave Morin, ex-cofundador e CEO da Path, além de fundador da empresa Slow Ventures. Morin é um entusiasta digital que também esteve presente nos primórdios do Facebook.

Já o professor Jaswinder Pal Singh ingressou no Stacks em janeiro de 2019, tendo sido nomeado membro do conselho do Blockstack PBC.

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